PSICÓLOGA CRISTÃ MARISA LOBO
IDEOLOGIA DE GÊNERO
Por Marisa Lobo
Marisa Lobo é psicóloga clínica, escritora, pós-graduada em saúde mental, conferencista realiza palestras pelo Brasil sobre prevenção e enfrentamento ás drogas, e toda forma de bullying, transtornos psicológicos, sexualidade da familia, entre outros assuntos. Teóloga, ela é promoter e organizadora da ExpoCristo realizada no Paraná. Marisa é casada, tem dois filhos e congrega na IBB em Curitiba.
#Alerta: conheça a Teoria Queer de desconstrução sexual que invadiu o Brasil e objetiva reorientar a sexualidade humana
Esclarecendo sobre a “invencionice” da teoria Queer, que está promovendo e influenciando fortemente os saberes humanistas, a reorientação sexual e a desconstrução da heterossexualidade, ou seja, da família tradicional.
Por Marisa Lobo
“Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas. Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério. “2 Timóteo 4:3-5
“Se a teoria Queer pode tentar desconstruir a heterossexualidade, acusando-a de ser ‘anormal’ ou ‘compulsória’, também posso eu descontruir a homo normatividade e chamar a atenção para o preconceito mundial contra a família tradicional, que representa o avanço dessa teoria e que negligencia totalmente o saberes médicos, jurídicos e religiosos que fazem parte igualmente da vida de todo sujeito. Saberes estes garantidos pela constituição e pela declaração dos direitos humanos. Temos que debater e promover o equilíbrio e direitos, é fato. Porém, sem ferir nossos princípios, que também são direitos, e ficar refém de invencionices sociais que por querer defender seus direitos à dignidade, fere a dignidade do outro”.
Do que se trata a teria Queer.
A teoria Queer, oficialmente queer theory (em inglês), é uma teoria sobre o gênero que afirma que a orientação sexual e a identidade sexual, ou de gênero, dos indivíduos são o resultado de um constructo social e que, portanto, não existem papéis sexuais essencial ou biologicamente inscritos na natureza humana, antes formas socialmente variáveis de desempenhar um ou vários papéis sexuais. A teoria Queer teve origem nos Estados Unidos em meados da década de 1980 a partir das áreas de estudos gay, lésbicos e feministas, tendo alcançado notoriedade a partir de fins do século passado. Fortemente influenciada pela obra de Michel Foucault e pelo movimento feminista, dentro dessa teoria está a desconstrução da heterossexualidade como normal, pela criação crítica de “heteronormatividade”, sugerindo que a heterossexualidade é imposta e normativa. Este seria um gênero neutro, onde crianças seriam criadas sem definição de papeis sexuais e ou social, pois, para a teoria, não existe diferença entre o sexo. Desta forma a teoria garante que se extinguiria o preconceito entre homens e mulheres e gênero.
Em minha opinião é um objetivo é até nobre, mas que abriga uma prática perigosa ao colocar este sujeito em conflito com sua sexualidade, podendo gerar muitos transtorno de identidade de gênero, pois sabemos o quanto os papéis, bem como figura e modelos de pai e mãe, são essenciais na construção de um cidadão.
Embora essa dinâmica social contemporânea pulse de forma intensa na tentativa de desconstruir a heterossexualidade como natural e a família nuclear fundamentalmente heterossexual, patriarcal e fundada em laços sanguíneos; apesar desses esforços, prevalece a heterossexualidade como modelo, conforme a sua natureza biológica e não de forma normativa e/ou compulsória, como tenta aludir a teoria Queer.
Não podemos negligenciar a verdade de que o sujeito é predisposto a desenvolver características psicológicas do sexo a que pertence. A teoria Queer promove um discurso nobre em seu meio, mas promove uma prática totalmente arriscada, uma “invencionice” acolhida por aqueles que defendem apenas um grupo, como se este grupo vivesse em uma ilha e pudesse criar saberes, regras e normas, e os impor para a maioria da população mundial, o que sabemos não ser possível. Faz parte de uma educação saudável e da construção do sujeito saber lidar com a frustração e entender que nem tudo é ou pode ser como idealizamos e ou queremos.
O mundo caminha para essa reorientação sexual, que deveria ser vista pelas áreas médicas e psicológicas com grande desconfiança e cuidado. Sabemos que é uma preocupação mundial. Há os que a defendam, mas também os que criticam.
LIZARDO DE ASSIS, 2009 diz “em outro momento tentam defender a necessidade de “desanguinização” desse modelo familiar, bem como que a instituição familiar se configure, sobretudo, sobre os laços afetivos”
Ou seja, para os heterossexuais é a certeza da desconstrução da família tradicional e de uma reorientação social acerca da sexualidade do sujeito que, sendo imposta, não eliminará preconceito algum apenas criando mais um tabu, pois acusam a heterossexualidade da maioria da humanidade de ser “anormal”, colocando a homossexualidade como “normal”. A dicotomia permanece sobre outra ótica: a da desconstrução da heterossexualidade.
O ser humano deve ser entendido como um todo, como a soma de suas partes. A significação e a formação indenitária se dão exatamente ao respeito dessa máxima: somos um corpo que é resultado da soma de várias partes e cada uma deve ser ouvida, mas se pensando no sujeito em sua totalidade.
Esse movimento (queer) argumenta que a família homoafetiva deve ser motivada e afirma em seus discursos que a intenção é colocar definitivamente em xeque esse conjunto que eles chamam de “normativo ocidental”, e colocam em construção o seguinte:
“o sangue era como uma das últimas barreiras à etapa de nos tornarmos de fato seres culturais, afetivos e simbólicos (LIZARDO DE ASSIS, 2009).”
Não lhe parece que este pensamento, que motiva ações contra a família e os que eles chamam “religiosos”, sugere e motiva um preconceito mundial contra o mundo ocidental por sua tradição e ou fé? A teoria Queer trata da questão da sexualidade com alienação psicológica; não podemos nos esquecer de que há coisas que podemos mudar e outras que ainda que manipulemos com palavras, permanecem imutáveis. Portanto, será um grande gerador de conflitos se não reconhecermos esta máxima. Minha critica é que movimentos ideológicos, políticos ou antiifamília tradicional vêm se vitimando e nos induzindo a nos inclinarmos a defendê-los por emoção, e não pela lógica da razão, que faz parte da construção do pensamento humano e dos direitos que devem ser consolidados e conscientes.
A critica que faço abertamente à teoria Queer, ou seja, ao movimento LGBTT que é o verdadeiro mentor dessa desconstrução, é que eles impõem a aceitação da família homoafetiva não como um direito o que é perfeitamente louvável, mas com um absolutismo como questão fechada, não deixando espaço para argumentações e ou opiniões contrarias. Tentam com este pensamento o avanço na desconstrução total da normalidade da heterossexualidade, objetivando afetar a família tradicional, negligenciando estatisticamente a sua existência; não levando, inclusive, em consideração que vivemos em um estado democrático de direito. Agindo assim violam o próprio direito humano.
Ceccarelli faz um alerta: “ Se a heteronormatividade encontra-se questionada, na linha de uma desconstrução do discurso social sobre a sexualidade e num fluxo freudiano, provoca que também a homossexualidade seja uma invenção de nosso contexto ocidental.” Ceccarelli (2008)
Neste sentido, entendo que a teoria Queer tenta impor a homossexualidade afirmada como conceito/lugar seguro para a afirmação indenitária de sujeitos, e não percebe este movimento que é mais político e ideológico, que estão confinados à construção imaginária de nossa história e práticas sociais, ou seja, querem desconstruir a heterossexualidade como normal, impondo culturalmente a homossexualidade de maneira compulsória. Em linguagem popular: vamos trocar 6 por meia dúzia?
Lizardo de Assis, Cleber diz que “ela emerge, contra o instituído do conceito de “heterossexualidade”, apregoando a vivência e a condição do sexual não natural e não normativo”.
Esse movimento deixa claro em sua teoria que está embasado nos engajamentos políticos, assumindo a necessidade de se postular algo como uma noção de pós-identidade e de uma política que sustente tal existência à convenção indenitária, fazendo claramente criticas aos saberes religiosos, médicos, psicológicos e jurídicos, afirmando que esse discurso de normas e naturalidade é forjado por estes profissionais. Vou usar aqui uma fala do psiquiatra Dr.Adnet “contra a ciência legítima não cabem malabarismos”.
As críticas à heterossexualidade da maioria da população mundial são severas e descartam totalmente a biologia e genética, descontruindo estes saberes afirmando que são historicamente arquitetados por poderosos e devem ser desconstruídos pelo movimento queer, numa forma de alinhamento epistemológico com o construcionismo crítico.
Diz Souza filho, 2009, p. 1): “as realidades humano-sociais, em toda sua diversidade e em todos os seus aspectos, são produtos de construção humana, cultural e histórica […] [e se opondo] a todas as tentações substancialistas e essencialistas, notadamente as tentativas de biologização do social, muito difundidas atualmente .”
E é nesta perspectiva que esse movimento vem se constituindo como referencial teórico à temática da sexualidade e influenciando, no Brasil, as ciências humanas; e que vem exercendo grande influência sobre o campo sociocultural e, em particular, no campo psicológico. Influenciando, ou melhor, norteando toda a psicologia pós-moderna.
Desta forma, na desconstrução, a religião e a fé de todo cidadão têm sido usadas de forma negativa e como reforçador de preconceito contra os homossexuais. Com manipulação intelectualmente desonesta, tentam atribuir ao judaísmo/Cristianismo a normativa da heterossexualidade, levando ao delírio de seus seguidores a lógica da desconstrução da heterossexualidade desrespeitando, inclusive, a laicidade do estado.
De acordo com Santos Júnior (2008): “O Estado laico é aquele que não privilegia nenhuma religião em particular e cuja política não é determinada por critérios religiosos. Significa dizer, ainda, que os Estados e as comunidades religiosas não sofrem interferências recíprocas no que diz respeito ao atendimento de suas finalidades institucionais.”
Por um lado devemos entender que a interferência e a influência existem como algo que mesmo um Estado laico não está isento de sofrer. Por isso , o embate democrático entre os mais diversos atores sociais se faz necessário, pois dessa forma se estabelecem políticas públicas. Então, todo o seguimento religioso tem que ter este entendimento de que as políticas que contemplem a todos os cidadãos são políticas públicas construídas muitas vezes com nossa omissão. O estado legitima esta políticas públicas que são construídas por vários seguimento, e não podem ser definidas por um grupo e/ou um segmento. Cabe aos religiosos também lutarem pela atenção do estado assim como todos os movimentos fazem
Por outro lado, creio que é chegado o momento de enfrentarmos essa desconstrução e lutarmos por um equilíbrio nessa “invencionice” que levará a humanidade a viver, em um futuro muito próximo, de maneira muito mais intolerante e conflituosa. Porém, esclareço que não podemos negar, de forma alguma, direitos constitucionais de qualquer pessoa, mas, de forma, alguma perverter e/ou inventar direitos. Estamos caminhando para uma cultura do desrespeito ao próximo e de privilégios e cerceamento de direito das maiorias e levantar esta questão é agir com preconceito, segundo essa teoria e esse movimento de reorientação sexual.
Esse embate, esse diálogo entre atores diferentes, movimentos sociais, sociedade e Estado, é algo que não deve ser suprimido, pois constitui-se fruto da democracia brasileira. Não podemos aceitar um estado refém de qualquer ideologia política. Isso não é democracia. Temos que aprender a conviver com o diferente, mas para isso não precisamos nos tornar um. É nosso dever, como cristãos, promover a tolerância, mas também é nosso direito não ser discriminados por nossa fé e por nossa maneira de viver, pois é nossa escolha e nosso princípio.
Estudantes e profissionais devem entender seus deveres de respeito ao próximo, mas devem lançar um olhar crítico aos saberes, inventado e conhecendo de leis e de política É necessário aprender, compreender e lutar, no nosso caso, para que nosso modo de vida não seja descontruído. Não é preconceito e sim direitos. Vale lembrar que vivemos em um estado democrático de direito e temos os nossos.
“O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; (Os 4:6a)“E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus. (Romanos 12:2)
Este artigo é registrado e faz parte do Livro: “Desconstrução da heterossexualidade, uma imposição LGBTT” é proibida sua reprodução sem autorização e citação da autora.
Referência Bibliográfica
Lobo, Marisa . Desconstrução da heterossexualidade uma imposição LGBTT- ed. Jocum, Curitiba ,2013
CECCARELLI, Paulo. A invenção da homossexualidade. Bagoas: estudos gays, gêneros e sexualidades, Natal, n. 2, p. 71-93, 2008.
CECCARELLI, Paulo. Sexualidade e preconceito. Revista Latino americana de Psicopatologia Fundamental, São Paulo, v. 3, n. 3, p. 18-37, set. 2000
FREUD, Sigmund. Três ensaios sobre a teoria da sexualidade. In: Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas completas de S. Freud. Tradução de Jayme Salomão. Rio de Janeiro: Imago, 1980b. v. 7.
SANTOS JÚNIOR, A. A laicidade estatal no direito constitucional brasileiro. 2008. Disponível em: <http://jus2.uol.com.br/ doutrina/texto.asp?id=11236>. Acesso em: 28 ago. 2009.
SOUSA FILHO, Alípio. Por uma teoria construcionista crítica. Bagoas: estudos gays, gêneros e sexualidades, Natal, v. 1, n. 1, jul./dez. 2007. Disponível em: <http://www.cchla.ufrn.br/ bagoas/v01n01art02_sfilho.pdf> . Acesso em: 28 ago. 2009.
Lizardo de Assis, Cleber Queer theory and the CFP n. 1/99 resolution: a discussion about heteronormativity versus homonormativity – http://www. cchla.ufrn.br/bagoas/ v05n06art06_assis.pdf
Fonte:http://colunas.gospelmais.com.br/conheca-teoria-queer-desconstrucao-sexual-invadiu-brasil_5579.html
Querem implantar a "Ideologia de gênero nas escolas " conheça essa teoria e de onde vem. este texto vai lhes ajudar a entender o que estão fazendo com nossa nação. Não os homossexuais pessoas que devem ser respeitados , mas a militância ideológica politica que lucra com a condição do homossexual. Igreja Batista da Restauração Damares AlvesJulio Severo Pr-Fausto Fernandes PastorEveraldo Pereira Marco Feliciano Igor Cesar Teresinha Neves Marisa Lobo Marisa Lobo FrancoApóio Marisa LoboUm depoimento da psicóloga cristã Marisa LoboRevista Gospel MaranataSuper Gospel Gospel Prime
ACORDA CRISTÃO, ACORDA FAMÍLIA, ACORDA PROFESSORES... QUE DEUS NOS PROTEJA CONTRA ESSES DEMÔNIOS. HOJE ESTÁ SENDO VOTADO A IDEOLOGIA DE GÊNERO. SÓ JESUS PARA DAR SABEDORIA E DISCERNIMENTO A BANCADA CRISTÃ: Magno Malta, Marcos Feliciano, Jair Bolsonaro, Silas Malafaia , Pe. Paulo
Ricardo, Pe. Rodrigo Maria.
NA SUA SINTONIA , PROFESSORA MARCIA VALERIA.WWW.WEBRADIOLIVRE.ORG
Resposta aos professores de Uruguaiana sobre a imposição do Genero..De que Gênero estão falando????https://m.facebook.com/story.php…
HANGOUTS: PROFESSORA MARCIA VALERIA &
RADIALISTA RENATO MACHARET
WWW.WEBRADIOLIVRE.ORG
Transmitido ao vivo em 25 de jun de 2015
IDEOLOGIA DO GÊNERO. UM ATENTADO À FAMÍLIA, UM CRIME CONTRA AS NOSSAS CRIANÇAS.
Quinta-Feira dia 25 de Junho de 2015.
Quinta-Feira dia 25 de Junho de 2015.
com Renato Marcharet e a Pedagoga Marcia Valéria.
Transmitido ao vivo em 23 de jul de 2015
IDEOLOGIA DE GÊNEROS, OS REFLEXOS NA FAMÍLIA E NA SOCIEDADE.
com Renato Marcharet e a Pedagoga Marcia Valéria.
Transmitido ao vivo em 22 de out de 2015
A influência do Gramscismo nas Universidades e na Sociedade.
RENATO MARCHARET E PROFESSORA MÁRCIA VALÉRIA.
Publicado em 23 de out de 2015
PARTICIPAÇÃO NO HANGOUT DO CANAL BRASIL SEM COMUNISMO
RENATO MARCHARET E PROFESSORA MÁRCIA VALÉRIA.
Transmitido ao vivo em 5 de nov de 2015
COM GERSON SANTOS, RENATO MARCHARET E PROFESSORA MÁRCIA VALÉRIA.
OS CAMINHOS DO GRAMSCISMO E A DESTRUIÇÃO DE MENTES E PÁTRIAS
OS CAMINHOS DO GRAMSCISMO E A DESTRUIÇÃO DE MENTES E PÁTRIAS
0018 | Palestra Ideologia de Genero 2014 - Padre Paulo Ricardo
Silas Malafaia comenta mais uma resolução que só serve para afrontar a família brasileira
Marisa Lobo - Desmascarando a Ditadura Ideológica de gênero - Teoria Queer
Pr. Silas Malafaia detona a ideologia de gênero.
Hangout do Padre Rodrigo Maria em 04/03/2015
dentre outros assuntos TEMPO INTEGRAL
É ISSO QUE O DESGOVERNO BRASILEIRO QUER FAZER COM NOSSAS FAMÍLIAS! VAMOS ACORDAR CRISTÃOS!
Pais perdem guarda dos filhos por serem “muito
cristãos”
“Pátria Educadora” na Noruega: acusados de “radicalismo e doutrinação cristã”, Ruth e Marius Bodnariu foram afastados dos seus cinco filhos pelo departamento de “proteção à infância”. Casal já está há quase um mês longe das crianças.
Em um ato flagrante de abuso de poder, o governo da Noruega tomou cinco crianças de sua família, depois de os seus pais serem acusados de "radicalismo e doutrinação cristã". Ruth e Marius Bodnariu estão desde o dia 16 de novembro sem os filhos – dois meninos, duas meninas e um bebê, ainda em fase de amamentação –, que foram transferidos a diferentes lares adotivos, por decisão do Barnevernet, o departamento de "proteção à infância" da Noruega. Uma petição online pedindo o retorno das crianças à sua família já foi assinada por mais de 35 mil pessoas.
De acordo com Daniel Bodnariu, irmão de Marius, toda a confusão começou com uma denúncia "feita pela diretora da escola onde as meninas estavam". As acusações – que ele revela em uma página do Facebook criada justamente para esse propósito – são estarrecedoras:
"A diretora chamou o Barnevernet expressando 'preocupações': as meninas contaram-lhe que estavam sendo disciplinadas em casa. Na sua mensagem, ela também disse que os pais são fiéis cristãos, 'muito cristãos', e que a avó tem uma forte convicção de que Deus castiga o pecado, o que, na opinião dela, cria uma inabilidade nas crianças. De acordo com a declaração da diretora, os tios e tias das meninas compartilham da mesma crença. A denúncia também diz que, ainda que as garotas sejam notáveis por seus bons resultados na escola e que a diretora não acredite que elas sejam abusadas fisicamente em casa, ela acha que os pais precisam de 'ajuda' e orientação do Barnevernet para criar os seus filhos."
Depois da queixa da escola, todas as coisas aconteceram muito rápido.
No dia 16 de novembro, as duas filhas mais velhas, Eliana e Naomi, foram literalmente "raptadas" da escola, sem o conhecimento dos pais. O Barnevernet ainda foi à casa da família, levou embora Matthew e John – sem nenhum mandado judicial –, e conduziu Ruth e o bebê para a delegacia. Marius, que estava no trabalho, também foi levado para um interrogatório. Depois de várias horas, o casal foi autorizado a voltar para casa, mas somente com Ezekiel, o filho de três meses.
No dia seguinte, porém, os agentes do Estado voltaram à casa dos Bodnariu e levaram também o bebê de três meses. A alegação era de que a mãe se tratava de uma pessoa "perigosa". Na mesma hora, a mãe foi avisada de que seus outros quatro filhos tinham sido colocados em diferentes casas adotivas e que já teriam se adaptado ao lugar, não sentindo mais a falta dos pais (!).
Depois de consultar um advogado, o casal obteve acesso ao documento com as acusações legais preenchidas contra eles. Entre outras coisas, havia a denúncia de que os pais e avós da família eram "cristãos radicais" e que estavam "doutrinando os filhos".
Até o momento, o casal Bodnariu ainda está separado de seus cinco filhos. Ruth e Marius estão impedidos de ver os quatro mais velhos e a mãe só pode ver o pequeno Ezekiel esporadicamente. "O que eles não entendem é por que os seus filhos foram tirados de si sem serem previamente alertados", explica Daniel, no Facebook. "Por que foram tratados como criminosos ou maus pais – como os adictos em drogas e alcóolatras? Por que ainda lhe estão sendo negados os seus direitos como pais, que deveriam prevalecer contra qualquer direito que o Estado possa presumir?"
Não é a primeira vez que o departamento de "proteção à infância" da Noruega é acusado de intrometer-se indevidamente na vida das famílias, com alguns líderes políticos chegando a qualificar o Barnevernet de "nazista". Diante de episódios como esses, é realmente difícil não evocar as cruéis imagens dos regimes totalitários do século XX, que, detendo a "fórmula" de uma sociedade perfeita, tentaram impô-la a todo o custo, desprezando as instituições e os direitos mais elementares dos indivíduos.
No rol desses "princípios inegociáveis" – os quais, longe de serem meramente religiosos, constituem normas de direito natural –, o Papa Bento XVI não se cansava de elencar a "tutela do direito dos pais de educar os próprios filhos". A Igreja leva tão a sério essa verdade, que Santo Tomás de Aquino, ainda na Idade Média, condenava que se ministrasse o batismo a filhos de pais judios, reconhecendo que as crianças "estão sob o cuidado dos pais segundo o direito natural". São os pais, portanto, que devem formar os próprios filhos, cabendo ao Estado um papel simplesmente subsidiário, alternativo, nesse processo. Daqui o problema do slogan "Pátria Educadora", adotado recentemente pelo governo federal brasileiro. A Educadora por excelência é a família, não o Estado.
Na verdade, o caso da família Bodnariu revela um drama crescente nos países nórdicos, dominados por um secularismo anticristão agressivo e por um Estado cada vez maior e mais autoritário. Na Suécia, por exemplo, as crianças não são mais criadas por um pai e uma mãe, mas por "funcionários públicos" das "creches do Estado". Lá, assim como em outros lugares dominados por uma ferrenha engenharia social, a "Pátria Educadora", mais que um projeto, é já uma triste realidade.
Tragicamente, a ascensão e fortalecimento da educação estatal é acompanhada por uma crise familiar praticamente sem precedentes na história humana. Com a ausência da figura paterna e as mulheres cada vez mais fora de casa, os filhos vão sendo empurrados para escanteio. Como alertou recentemente o Papa Francisco, os pais e as mães "se auto-exilaram da educação dos próprios filhos" e, por outro lado, "multiplicaram-se os assim chamados 'especialistas', que passaram a ocupar o papel dos pais até nos aspectos mais íntimos da educação". Também a "cultura da morte" se alimenta de tudo isso. Sem o profundo desprezo de nossos contemporâneos pela paternidade, de fato, dificilmente seria possível falar de uma "indústria" em torno da prática do aborto e dos métodos anticoncepcionais.
A todo esse show de horrores se juntam o ódio e a intolerância flagrantes à religião cristã. Nunca se ouviu falar tanto de "liberdade" – as pessoas "são livres" para cheirar maconha, para ter sexo com quem quiserem, para matar os próprios filhos, para dizer que homem e mulher são meras "construções sociais" – e, no entanto, quando uma família decide ensinar aos seus membros as verdades da fé cristã – ou simplesmente que "Deus castiga o pecado" –, o Estado rouba-lhes os filhos. Há liberdade para tudo, menos para ser cristão. Não se pode dizer que Deus castiga, se não quem castiga é o Estado.
"Há muitos casos de abuso dentro das famílias", reconhece Daniel Bodnariu. "Obviamente, esses casos devem ser punidos. Mas é uma enorme responsabilidade ser capaz de discernir quando realmente há ou não um abuso, porque, ao não fazer isso apropriadamente, você pode destruir uma família".
É o que está acontecendo com os Bodnariu, na Noruega, e é o que pode acontecer em todo o globo, caso os pais não despertem com urgência para o seu imperativo – e intransferível! – dever de educar os próprios filhos. Só isso pode dar jeito à farsa totalitária da "Pátria Educadora".
Por Equipe Christo Nihil Praeponere