Livros do MEC para o ano de 2019 virão com Ideologia de Gênero.
As obras didáticas do PNLD/MEC 2019 são as primeiras alinhadas às
políticas educacionais e ao projeto intercultural da BNCC, obrigatórios
para todas as escolas do país.
As escolas públicas e Secretarias de Educação que em tempo hábil registraram
a escolha dos livros didáticos do Plano Nacional do Livro e do Material Didático
(PNLD) 2019, receberão as obras no mês de janeiro/2019 para distribuição
gratuita aos alunos.
O lote de livros desse edital é destinado à Pré-Escola (alunos de 4 a 5 anos e
11 meses), cujos exemplares serão disponibilizados apenas aos professores e
à 1ª fase do Ensino Fundamental, do 1º ao 5º ano (alunos de 6 a 10 anos),
sendo que os livros de Educação Física serão entregues somente aos professores.
Há indícios de que as editoras, de maneira generalizada, em maior ou menor
grau, aplicaram em seus conteúdos à Ideologia de Gênero (IG), tornando difícil
às escolas escolherem livros isentos dessa matéria.
Entende-se por IG, no caso dos livros didáticos e literários para crianças de
4 a 10 anos, a desconstrução de elementos culturais hegemônicos próprios
da divisão sexual, estabelecidos no imaginário das crianças. Classificados
pela IG como esteriótipos, esses componentes culturais devem ser modificados
na sociedade a partir da escola.
Para tanto, aplicam-se estratégias lúdicas e semióticas visando a imbricação do
comportamento para se levar a uma suposta igualdade de gênero. E, nesse
contexto desenvolvem-se feminilidades em meninos e masculinidades em
meninas.
Outro ponto é a quebra e ampliação da normalidade constitucional (art. 226) do
casamento entre um homem e uma mulher para admitir a união entre
pessoas, independente do sexo e da quantidade de membros. Mesmo as uniões
não sexuais (homem e mulher) são normalizadas na organização conceitual
infantil com os mesmos termos: casal, casamento e família.
Os defensores das políticas de gênero para a educação infantil afirmam que ao
aplicarem conceitos que anulam a divisão sexual entre os indivíduos (que seria
histórica, cultural e social) estariam contribuindo para a construção de uma
sociedade igualitária, sem conflitos e preconceitos.
Já os contrários entendem que a divisão sexual entre os indivíduos seja
natural e ancorada no determinismo biológico e psicológico. E, o
comportamento social do homem e da mulher, embora possam ser marcados
histórica, cultural e socialmente não seriam desvinculados do sexo.
E denunciam as reais intenções da perspectiva de gênero de criar um novo
modelo antropológico, social e familiar diferente daquele forjado
milenarmente nas sociedades complexas, especialmente no Ocidente. Isto
com sérias consequências sociais no futuro visto que esse novo modelo
sempre esbarrará nos limites do determinismo sexual.
Durante a elaboração da BNCC (para crianças de 0 a 14 anos), as frentes
parlamentares evangélica, católica, da vida e da família na Câmara dos
Deputados e do Senado uniram suas forças políticas junto ao Governo e exigiram
a retirada das menções ao gênero, orientação sexual e identidade de gênero no
texto final.
O Governo Federal concordou com o pedido e determinou a retirada dos termos.
No entanto, de maneira a contrariar o acordo governamental com as bancadas
cristãs, as equipes de redação e revisão textual da BNCC no âmbito do Conselho
Nacional de Educacional (CNE) e do Ministério da Educação (MEC) mantiveram
intactos no texto homologado os conceitos de gênero, identidade de gênero e
orientação sexual através do emprego de outras palavras, termos e expressões.
Mesmo que não tivesse havido o processo redacional de engenharia
linguística e discursiva com o intuito de preservar o conceito de gênero em
substituição ao sexo, mesmo assim a aplicação dessa matéria seria possível
(embora por via indireta) por conta do eixo confesso da INTERCULTURALIDADE
que sustenta a BNCC.
A IG faz parte da perspectiva teórica INTERCULTURAL que defende
identidades e fronteiras abertas, fluídas e imbricadas.
Desta forma, a Ideologia de Gênero, por força da BNCC, estará presente
nas escolas por meio dos projetos pedagógicos e dos materiais didáticos,
literários e paradidáticos.
Não somente através deles, mas também dos cursos de licenciatura oferecidos
pelas faculdades e universidades, cursos de formação continuada de
professores promovidos por secretarias de educação e avaliações institucionais.
Em suma, permanece a luta contra a IG no sistema escolar, sobretudo na
educação de crianças.
Orley José da Silva, é professor em Goiânia, mestre em letras e linguística
(UFG) e doutorando em ciências da religião (PUC Goiás). É particularmente
interessado no acompanhamento do currículo escolar e do material didático.
Artigos relacionados:
Parlamentares cristãos manifesta-se contra a Ideologia de Gênero na BNCC
Quanto o Brasil gasta com pesquisas científicas de gênero?
Orientações para uma leitura conservadora da BNCC
Proposta uma versão de BNCC realmente conservadora e livre da Ideologia de
Gênero
Professores contra a Ideologia de Gênero na BNCC
Fonte: Professor Orley Silva
https://deolhonolivrodidatico.blogspot.com/2018/10/livros-do-mec-para-o-ano-de-2019-virao.html?
m=1&fbclid=IwAR06K7FSHi5d8jTDy5Y2rhg4IXEu-YMrdZWCifMzrWFBmsOcfurcrKwYqFw
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário,ao final de cada atividade, é muito importante.
Tenha um dia abençoado! Paz!!!
Professora Marcia Valeria.
Inscreva-se no Canal, acione o sininho e deixe seu 👍
youtube.com/channel/UC30CdgxcO6XZPpufSUpjUDg