Dorina nasceu em São Paulo, no dia 28 de maio de 1919 e acabou ficando cega aos 17 anos de idade, vítima de uma doença não diagnosticada. Ela foi a primeira aluna cega a frequentar um curso regular na Escola Normal Caetano de Campos, e conseguiu a integração de outra menina cega num curso regular da mesma escola. Posteriormente, Dorina colaboraria para a elaboração da lei de integração escolar, regulamentada em 1956.Percebendo a carência, no Brasil, de livros em braille – sistema de escrita e leitura para cegos –, criou a então Fundação para o Livro do Cego no Brasil, que iniciou suas atividades em 11 de março de 1946. Dorina se especializou em educação de cegos no Teacher´s College da Universidade de Columbia, em New York, EUA. Naquela ocasião, participou de uma reunião com a Diretoria da Kellog’s Foundation, onde expôs o problema da falta de livros em braille para cegos brasileiros e a necessidade de se conseguir uma imprensa braille para a Fundação que havia criado no Brasil.Assim, em 1948, a Fundação para o Livro do Cego no Brasil recebeu, da Kellog’s Foundation e da American Foundation for Overseas Blind, uma imprensa braille completa, com maquinários, papel e outros materiais.Madrinha da campanha “Acessibilidade: Siga Esta Ideia”, da Prefeitura de São Paulo, Dorina sempre lutou para o desenvolvimento pleno e pela inclusão social das pessoas com deficiência visual. Por isso, trabalhamos há mais de 70 anos para facilitar a inclusão social de pessoas cegas e com baixa visão, por meio de produtos e serviços especializados.Hoje, nossa Imprensa Braille é uma das maiores do mundo em capacidade produtiva, com produção em larga escala, equipamentos de grande porte, recursos humanos especializados e matéria-prima especial. Há quem diga que, nos últimos 70 anos, não há uma só pessoa cega alfabetizada no Brasil que não tenha tido em suas mãos pelo menos um livro em braille produzido por nós, da Fundação Dorina Nowill para Cegos.Além dos avanços tecnológicos para a produção dos livros em braille, nós sempre procuramos acompanhar e cumprir as recomendações da UNESCO, no que diz respeito à composição de livros para crianças.Seguindo o empreendedorismo da Dorina, oferecemos ainda, como um dos nossos serviços, a produção de livros falados e livros digitais acessíveis, visando diminuir os problemas de comunicação das pessoas cegas ou com baixa visão ocasionados pela limitação visual.
Além da educação, outra preocupação de Dorina sempre foi a prevenção da cegueira.
Em 1954,
ela conseguiu que o Conselho Mundial para o Bem-Estar do Cego se reunisse no Brasil, em conjunto com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia e a Associação Panamericana de Saúde.
De 1961 a 1973,
Dorina dirigiu a Campanha Nacional de Educação de Cegos do Ministério da Educação e Cultura (MEC). Em sua gestão foram criados os serviços de educação de cegos em todas as Unidades da Federação.
Em 1982,
Dorina lutou, também, pela abertura de vagas e encaminhamento das pessoas com deficiência para o mercado de trabalho. Durante a Conferência da Organização Internacional do Trabalho (OIT), em Genebra, Dorina conseguiu que a Recomendação 99, sobre a reabilitação profissional, fosse discutida.
Em 1983,
Quando a Conferência da OIT se reuniu no congresso, os representantes do governo brasileiro, dos empresários e dos trabalhadores votaram a favor da proposta do Conselho Mundial para o Bem-Estar do Cego, pela aprovação da Convenção 159 e da Recomendação 168, que convocam os Estados membros a cumprirem o acordo, oferecendo programas de reabilitação, treinamento e emprego para as pessoas com deficiência.
Braille
- Descrição: o ensino da metodologia Braille visa a alfabetização, o conhecimento da técnica de leitura e escrita, manejo da reglete e máquina Perkins e a utilização do conhecimento através dos exercícios de leitura e escrita.
- Objetivos: domínio da técnica para ter acesso à informações através da leitura e/ou para aplicar aos conteúdos constantes do ensino regular.
- Público alvo: deficientes visuais totais.
- Período de realização: tempo provável para se apropriar da técnica é de tres anos, porém depende do perfil de cada aluno. O planejamento é individual, respeitando o rítmo de cada um e privilegiando os conteúdos escolares caso estejam engajados em outras atividades escolares, sociais e culturais.
Reglete e Punção (prancheta para trabalhar o Braille)
Máquina de Datilografia em Braille.
Atividades de Vida Autônoma e Social (A.V.A.S.)
- Descrição: as dificuldades da vida diária é sem dúvida, um dos grandes prejuízos acarretados pela cegueira e se não for devidamente considerada, levará o indivíduo à contínua dependência. O desenvolvimento das habilidades necessárias para realização das atividades cotidianas constitui um dos aspectos mais importantes.
- Objetivo: desenvolver os sentidos remanescentes, mediante atividades funcionais contextualizadas, a fim de que o aluno se torne auto-suficiente para alimentar-se, vestir-se, executar as tarefas rotineiras do lar, conviver adequadamente e participar em sua comunidade.
- Público Alvo: deficientes visuais totais e de visão subnormal, desde que apresentem insegurança ou dificuldades para realizar atividades de rotina (para alunos de ingresso recente, acima de 14 anos)
- Período de realização: as atividades mais comuns são repassadas pelo professor aos alunos para avaliar o domínio das situações de auto cuidado. O atendimento é realizado em grupo ( individual quando necessário) de acordo com as características e necessidades. O planejamento é individual e busca desenvolver posturas, habilidades e rotinas na vida diária de cada um.
Soroban
- Descrição: Sorobã ou Ábaco é um instrumento de calcular de origem milenar largamente usado nos Países orientais. No Brasil foi adaptado para o uso das pessoas com deficiência visual nos anos quarenta.
- Objetivo: desenvolver o raciocínio lógico – matemático através de cálculos matemáticos efetuados no instrumento. Além da aprendizagem da utilização do instrumento de cálculo e registro em Braille dos resultados numéricos, a atividade disponibiliza aos alunos jogos matemáticos adaptados.
- Público alvo: oferecido preferencialmente aos alunos cegos e com baixa visão onde o comprometimento visual os impedem de efetuar os cálculos da forma convencional (em tinta).
- Período de realização: o período total de duração depende do rítmo de cada aluno, podendo se estender, por exemplo, pelo período em que estiver frequentando o ensino regular.
ATIVIDADES...
Material Pedagógico e
de apoio (adaptado) para cego.
Estimulação Visual
- Descrição: a Estimulação Visual pode ser entendida como um conjunto de procedimentos sensibilizadores da capacidade perceptiva visual, objetivando o emprego adequado da visão de portadores de comprometimentos ópticos diversos não passíveis de correção refrativa satisfatória.
- Objetivo: proporcionar ao aluno experiências em situações que propiciam o desenvolvimento das funções ópticas defasadas, estacionárias ou latentes.
- Público alvo: além das pessoas com visão subnormal, os amblíopes e os que possuem distúrbios de alta refração. Dos três grupos mencionados o que exige prioridade em termos de atendimentos educacionais é o grupo de significativa redução de Acuidade Visual que acarreta complicações no desenvolvimento global da aprendizagem e no desempenho da vida cotidiana. Os atendimentos são oferecidos para alunos sem limite de idade e de visão subnormal com menos de 30% de visão.
- Período de realização: atendimento individualizado de cinqüenta minutos em uma ou duas sessões semanais de acordo com o programa estipulado através do estudo de caso. Durante esse atendimento são usados materiais específicos para a estimulação das três funções ópticas: óptica, perceptiva e viso- perceptiva, para o desenvolvimento funcional da visão e foi estruturado de forma hierarquizada buscando o desenvolvimento destas funções. O Instituto Roberto Miranda dispõe de uma fotocopiadora para ampliação de textos, provas e livros, possui também sala especial escurecida com blackout, um computador para realizar atividades específicas de estimulação visual, lupa eletrônica, luminárias, jogos e brinquedos.
Confeccione seu material.
Pode acontecer do aluno não aprender por não estar enxergando, fique sempre atento!
Crédito das Imagens: Internet
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Professora Marcia Valeria.
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