segunda-feira, 15 de novembro de 2010

ATENDIMENTO PEDAGÓGICO AO ALUNO COM BAIXA VISÃO


Atendendo a pedidos trouxe algumas sugestões para pais, professores e outras pessoas que convivem com a criança de baixa visão na idade escolar:

- Ensine a criança e o jovem sobre sua deficiência e sobre o que eles podem ver ou não poder ver bem (muitas crianças não têm consciência disso).
- Os alunos com baixa visão deverão trabalhar olhando para os objetos e para as pessoas (algumas crianças apresentam comportamento de cegos, olham para o vazio. Peça para que “olhe” o objeto ou pessoa em questão).
- Ajude-o a desenvolver comportamentos e habilidades para participar de brincadeiras e recreações junto com os colegas, facilitando o processo de socialização e inclusão.
- Oriente o uso de contraste claro e escuro entre os objetos e seu fundo.
- Estimule o aluno a olhar para aspectos como cor, forma e encoraje-o a tocar nos objetos enquanto olha.
- Lembre-se que o uso prolongado da baixa visão pode causar fadiga.
- Seja realista nas expectativas do desempenho visual do estudante, encorajando-o sempre ao progresso.
- Encoraje a coordenação de movimentos com a visão, principalmente das mãos.
- Oriente o estudante a procurar recursos como o computador pois, ele se cansará menos e aumentará sua independência.· Pense nos estudantes com baixa visão como pessoas que vêem.
- Use as palavras “olhe” e “veja” livremente.
- Esteja ciente da diferença entre nunca ter tido boa visão e tê-la perdido após algum tempo.
- Compreenda que o sentido da visão funciona melhor em conjunto com os outros sentidos.
- Aprenda a ignorar os comentários negativos sobre as pessoas com baixa visão.· Dê-lhe tempo para olhar os livros e revistas, chamando a atenção para os objetos familiares. Peça-lhes para descrever o que vê.
- Torne o “olhar” e “ver” uma situação agradável, sem pressionar.

OBS: Deve-se evitar fazer tudo pela criança com baixa visão para que ela não se canse ou se machuque. Ela deve ser responsável pelas próprias ações.

NÃO ÓPTICOS PARA BAIXA VISÃO
Os recursos não ópticos são aqueles que melhoram a função visual sem o auxílio de lentes ou promovem a melhoria das condições ambientais ou posturais para a realização das tarefas (podem ser efetuados pelo professor). (K.José et al). Os meios para que se consiga esta melhora são:
- Trazer o objeto mais próximo do olho, o que aumenta o tamanho da imagem percebida (ou seja, deixe a criança aproximar o objeto do rosto ou aproximar-se para observar algo, como por exemplo, a lousa ou a TV);
- Aumentar o tamanho do objeto para que ele seja percebido.

CARACTERÍSTICAS DE MATERIAL IMPRESSO PARA BAIXA VISÃO
- Desenhos sem muitos detalhes (muitos detalhes confundem);
- Uso de maiúsculas;
- Usar o tipo (letra) Arial;
- Tamanho de letra em torno de 20 a 24 (ou seja, ampliada);
- Usar entrelinhas e espaços;
- Cor do papel e tinta (contraste).

FORMAS DE AMPLIAÇÃO
- Fotocopiadora;
- Computador;
- Ampliação à mão: é a mais utilizada e deve seguir requisitos como tamanho, espaços regulares, contraste, clareza e uniformidade dos caracteres.

MATERIAIS
- Lápis 6B e/ou caneta hidrográfica preta;
- Cadernos com pautas ampliadas ou reforçadas;
- Suporte para livros;
- Guia para leitura;
- Luminária com braços ajustáveis.

MAIS SUGESTÕES
Nos CAPES pode ser encontrado o caderno com pauta ampliada (mais larga) para alunos com baixa visão; mas também pode ser confeccionado utilizando o próprio caderno do aluno riscando com uma caneta hidrocor preta uma linha sim, outra não. Como normalmente os cadernos encontrados hoje em dia as linhas são claras, não haverá problema pois, normalmente o aluno não consegue enxergar as linhas mais clara somente as mais escuras e ele poderá escrever no espaço entre elas (no caso utilizando 2 linhas).


Para alguns alunos é necessário um espaço maior entre as linhas; como não encontramos este tipo de caderno no mercado pode-se encadernar um maço de sulfite, colocar uma capa e traçar as linhas, folha por folha (com lápis 6B) de acordo com a necessidade do aluno como neste caso, 5 cm. As mães costumam colaborar quando orientadas neste sentido.



Caso o aluno apresente além da baixa visão, uma dificuldade motora, pode-se utilizar de letras móveis em papel para que o aluno cole as letras, formando palavras, ao invés de escrever.



Para evitar o cansaço de estar constantemente com o rosto sobre o caderno, pode-se utilizar um suporte para leitura encontrado em casas que trabalham com artigos para deficientes visuais. Pode ainda ser confeccionado ou ser utilizados livros, como suporte, embaixo do carderno para que este possa ficar mais elevado.




O professor pode ainda confeccionar esta grade para facilitar a escrita do aluno com baixa visão. Pode ser utilizado uma lâmina de radiografia, como na foto, do tamanho da folha do caderno e com a mesma medida das linhas ou ainda em papel cartão com cores que contrastem com o fundo branco da folha do caderno. Para a leitura pode ser confeccionado no mesmo modelo, uma guia para leitura utilizando-se somente uma linha vazada e à medida que o aluno vai lendo a guia vai sendo deslocada para a linha de baixo, o que evita que ele se perca durante a leitura.


O professor também pode se utilizar dos encartes que contém figuras grandes para trabalhar com o aluno com baixa visão para reconhecimento dos produtos e palavras conhecidas bem como com rótulos de embalagens que são utilizados em seu dia-a-dia. A medida que ele vai aprendendo a ver começará a identificar figuras cada vez menores.



O aluno pode recortar o produto que identificou visualmente e nomeá-lo. Posteriormente pode colocar as figuras em ordem alfabética criando um livrinho.


Pode-se ainda trabalhar com jogos pedagógicos.


OBS: O professor deverá identificar o tamanho de letra que a criança consegue enxergar para realizar as atividades, caso contrário não se sentirá motivado a realizar as tarefas. O professor deve estar atento pois este pode ser um dos motivos pela falta de interesse e indisciplina do aluno. Se perceber que o aluno apresenta dificuldade em enxergar peça aos pais para que leve-o ao oftalmologista.

LIVRO DE CONCEITOS




Confeccionei dois livros para alunos que ainda estão na fase de aquisição de conceitos. Trouxe apenas alguns itens para que vocês possam ter uma idéia do conteúdo.
Material utilizado
-Folhas em papel cartão por ser mais resistente, sendo um pouco maiores que a de uma sulfite A4;
-Objetos concretos em miniatura, peças de jogos, material de sucata, etc;
- Papeis de diversas texturas (polionda, lixa, camurça, cortiça, etc.);
- Fitas, barbantes, cordões, emborrachado, espuma, EVA, madeira, sintético, veludo, plástico, couro, feltro;
- Escrita em tinta (para crianças com baixa visão os tipos podem ser ampliados, por exemplo, 24 Arial) e escrita em Braille;
Obs: Os mesmos conceitos são apresentados de diversas formas e com materiais diferentes. Segue apenas uma mostra do material:
Conceitos trabalhados
Dentro/Fora
Curto/Comprido
Grande/Pequeno
Maior/Menor
Grosso/Fino
Vazio/Cheio
Perto/Longe
Esquerda/Direita
Igual/Diferente
Em cima/ Em baixo

































































Figuras Geométricas







Texturas Diversas





Opções de livros para crianças com deficiência visual

UM MUNDINHO PARA TODOS


Autora: Bellinghausen, Ingrid Biesemeyer

Editora: DCL Difusão Cultural

Assunto: Literatura Infantil / Infanto Juvenil


Tema: Era uma vez um mundinho em que cada habitante tinha um jeito de ser bem diferente do outro - uns viviam no norte e gostavam de andar descalços; outros no sul e adoravam tomar chocolate quente; alguns não enxergavam muito bem e precisavam de ajuda. E cada um deles tinha sua forma de agradecer por viver num lugar tão feliz.

Com texto impresso em Braille e tipos ampliados.

Fonte: Livraria Cultura
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LIVROS SONOROS:
SONS DA NATUREZA: À noite na floresta

Autor(a): Maurice Pledger
Editora: Ciranda Cultural

DescriçãoAventure-se com os animais noturnos de todo o mundo e conheça quem está em atividade enquanto você está dormindo!
Abrindo os cenários pop-ups, você ouvirá os sons misteriosos da noite.
Conheça o uivo misterioso do lobo-da-montanha, o rugido majestoso do tigre e o grito assombroso da coruja ecoando pela noite enluarada...

E AINDA:
SONS DA NATUREZA: Oceano
SONS DA NATUREZA: Selva
SONS DIVERTIDOS: Era uma vez
SONS DIVERTIDOS: Na floresta


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COLEÇÃO TOQUE E SINTA







ResenhaEstes belos livros de tatear com fotos contêm cinco interessantes cenários, cada um com diferentes elementos de tato para auxiliar as crianças em seus primeiros aprendizados. A tartaruguinha tem muitos amigos que vivem no oceano! Venha e aprenda como eles são!


Edição: Ciranda Cultural
PS: existe no mercado vários modelos destes livrinhos, de diversas editoras, com diferentes texturas.
Fonte: fnac.com.br

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EM BRAILLE


A Bruxa mais velha do mundo
1a. edição, 2008
Elizete Lisboa
Paulinas
R$ 20,70 Para comprar por telefone,
ligue para 0800 140090, de
2ª a 6ª, das 9h às 21h, e aos
sábados, das 10h às 16h.

SinopseCuidado! Uma bruxa brincalhona, que já fez muitos e muitos aniversários e adora cantar no meio da noite, cismou que vai se casar no ano que vem, e está à procura de um marido que goste de cantar e que seja bem velho. E bem feio!

Fonte:Livraria da Folha


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A LAGOA ENCANTADA - uma história sobre respeito

EM BRAILLE E AMPLIADO
A autora conta a história de um rei vaidoso, que ao se ver envelhecendo, expulsa todos os velhos do seu país, para que não possa ser comparado a um idoso. Mas o rei recebe um castigo de uma feiticeira, que transforma todas as mulheres do reino em pedras. O encanto só acaba quando alguém especial resgatar uma taça de outro e diamantes no fundo do lago.
Editora: Melhoramentos
Autor: PATRICIA SECCO
Ano: 2005
Edição: 1
Número de páginas: 20

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Dorina viu


Autora: Cláudia Cotes
Editora: Paulinas

A história cheia de vida e determunação de Dorina Nowill em um livro gostoso de ler e de ver. Texto e ilustrações estão também em braile, para que crianças, que enxergam ou não, leiam e comprovem que as diferenças podem conviver em harmonia.

Material do MEC sobre Deficiência Visual









SABERES E PRÁTICAS DA INCLUSÃO / EDUCAÇÃO INFANTIL (2006)

CARTILHAS:
-Introdução
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/introducao.pdf

Dificuldade de Comunicação e Sinalização (surdocegueira/múltipla deficiência sensorial)http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/surdosegueira.pdf

Dificuldade de Comunicação e Sinalização (deficiência visual)http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/deficienciavisual.pdf

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ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO (2006)

DEFICIÊNCIA VISUAL
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/aee_dv.pdf

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Adaptações de acesso ao currículo:
ADAPTAÇÕES CURRICULARES (o que é?)
http://www.bancodeescola.com/verbete5.htm

ADAPTAÇÕES CURRICULARES DE GRANDE PORTE
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/cartilha05.pdf

ADAPTAÇÕES CURRICULARES DE PEQUENO PORTE
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me000449.pdf

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ESPECÍFICOS DEFICIÊNCIA VISUAL
Orientação e Mobilidade: conhecimentos básicos para a inclusão da pessoa com deficiência visual (2003)
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/ori_mobi.pdf

A construção e o conceito de número e o pré-soroban (2006)http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/pre_soroban.pdf

Grafia Braille para a Língua Portuguesa (2006)http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/grafiaport.pdf

PS: Se você tiver interesse em conhecer material de outras deficiências visite meu outro blog, é só clicar no endereço: Deficiência e Inclusão Social

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E AINDA,




 

Sinais e sintomas da Deficiência Visual

Sintomas:
• tonturas, náuseas e dor de cabeça;
• sensibilidade excessiva à luz (fotofobia);
• visão dupla e embaçada;


Condutas do aluno:• aperta e esfrega os olhos;
• irritação, olhos avermelhados e/ou lacrimejantes;
• pálpebras com as bordas avermelhadas ou inchadas;
• purgações e terçóis;
• estrabismo;
• nistagmo (olhos em constante oscilação);
• piscar excessivamente;
• crosta presente na área de implante dos cílios;
• franzimento da testa, ou piscar contínuo, para fixar perto ou longe;
• dificuldade para seguimento de objeto;
• cautela excessiva ao andar;
• tropeço e queda freqüentes;
• desatenção e falta de interesse;
• inquietação e irritabilidade;
• dificuldade para leitura e escrita;
• aproximação excessiva do objeto que está sendo visto;
• postura inadequada;
• fadiga ao esforço visual.
Fonte: MEC/SEESP

Causas mais frequentes da Deficiência Visual
Causas Congênitas• Retinopatia da Prematuridade, graus III, IV ou V – (por imaturidade da retina em virtude de parto prematuro, ou por excesso de oxigênio na incubadora;
-Corioretinite, por toxoplasmose na gestação.
• Catarata congênita (rubéola, infecções na gestação ou hereditária).
• Glaucoma congênito (hereditário ou por infecções).
• Atrofia óptica por problema de parto (hipoxia, anoxia ou infecções perinatais).
• Degenerações retinianas (Síndrome de Leber, doenças hereditárias ou diabetes).
• Deficiência visual cortical (encefalopatias, alterações de sistema nervoso central ou convulsões).

Causas Adquiridas-Por doenças como diabetes, descolamento de retina, glaucoma, catarata, degeneração senil e traumas oculares.
Fonte: MEC/SEESP

Formas de prevenção:
As causas de origem genética e familiar, como retinite pigmentosa, glaucoma e catarata congênita, podem ser evitadas com aconselhamento genético.Dentre as causas congênitas, destacam-se os fatores mais freqüentes: gestação precoce, desnutrição da gestante, drogas em geral, álcool, infecções durante a gravidez (rubéola, sífilis, AIDS, toxoplasmose e citomegalovirus).Existe alta incidência de deficiência visual severa associada à múltipla deficiência, em nosso meio, em vista da falta de prevenção (vacinação de meninas contra a rubéola), o que evitaria o nascimento de crianças com catarata congênita, surdez e deficiência mental.Toda mulher deve ser vacinada antes de engravidar ou, de preferência, no início da adolescência, pois o vírus da rubéola materna atravessa a placenta, alterando o processo de formação embrionária.
A prevenção depende apenas da política pública, devendo a investigação epidemiológica a ser realizada pelos governos estaduais e municipais.A toxoplasmose é transmitida pelo protozoário "toxoplasma gondii", geralmente através por meio contato com animais domésticos infectados: cães, coelhos, gatos, galinhas, pombos e alimentos mal cozidos. A mãe contagiada no primeiro trimestre de gestação pode gerar uma criança com deficiência visual severa, microcefalia e calcificações cerebrais.As doenças virais e bacterianas como sarampo, meningites, encefalites, podem acarretar hidrocefalia, ou microcefalia. São também causas de deficiência visual que podem ser reduzidas por medidas eficientes de prevenção de saúde, como detecção precoce das alterações visuais, triagem em berçário, creches e pré-escolas.
Fonte: MEC/SEESP

Na infância
Em nosso meio, a baixa visão ainda passa, muitas vezes, desapercebida a pais e professores, manifestando-se, com freqüência, no momento em que aumentam na escola os níveis de exigência quanto ao desempenho visual da criança, para perto. Por sua vez, a cegueira é mais facilmente detectada e geralmente diagnosticada mais cedo.A detecção precoce de quaisquer dos problemas pode constituir fator decisivo no desenvolvimento global da criança, desde que sejam propiciadas condições de estimulação adequada a suas necessidades de maturação, favorecendo o desenvolvimento máximo de suas potencialidades e minimizando as limitações impostas pela incapacidade visual.
Em todas as situações escolares, o professor tem, normalmente, oportunidade de observar sinais, sintomas, posturas e condutas do aluno, que indicam a necessidade de encaminhamento a um exame clínico apurado.

ANATOMIA DO OLHO












ANATOMIA EXTERNA DO OLHO

Os olhos localizam-se em duas cavidades ósseas denominadas órbitas. As órbitas alojam os olhos, seus músculos, nervos, vasos sangüíneos, tecido adiposo (gordura) e grande parte do aparelho lacrimal.
O globo ocular (olho) tem forma ovalada, ocupa 1/3 da cavidade orbitária e mede cerca de 24 mm de diâmetro antero-posterior, podendo ser maior ou menor.É preciso estar atento ao tamanho, brilho, cor e transparência das diversas estruturas do olho. Os dois olhos devem ser do mesmo tamanho, as pálpebras devem fechar totalmente e abrir o suficiente para a criança enxergar, sem a necessidade de assumir posições viciosas com a cabeça.

As estruturas anatômicas visíveis do olho são:

Esclera: membrana responsável pela proteção do olho;

Córnea: corresponde à parte transparente do olho; é a superfície de maior poder de refração do olho, ponto inicial da convergência que visa formar a imagem na retina;

Pupila: controla a entrada e a quantidade de estímulos luminosos; para cumprir esta função ela se dilata em ambientes com pouca luz e se contrai em ambientes luminosos;

Íris: O disco colorido dos olhos; através de seus músculos, a pupila se dilata e se contrai;

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ANATOMIA INTERNA DO OLHO











As estruturas anatômicas internas do olho:

Cristalino :é a lente dos olhos. É um citosistema altamente organizado que se localiza entre a íris e o humor vítreo.

Humor vítreo: é a substância gelatinosa e viscosa, formada por uma substância amorfa semilíquida, fibras e células.

Esclerótica: “branco do olho”, é recoberta por uma membrana transparente e brilhante denominada conjuntiva, a qual também reveste a face interna das pálpebras.

Retina: é uma parte do olho responsável pela formação de imagens, ou seja, pelo sentido da visão. É como uma tela onde se projetam as imagens: retém as imagens e as traduz para o cérebro através de impulsos elétricos enviados pelo nervo óptico.

Nervo óptico: tem função exclusivamente sensitiva. Transporta as sensações visuais do olho para o cérebro (penetrando no crânio pelo canal óptico).

Mácula:é um ponto ovalado de cor amarela junto ao centro da retina do olho humano.É onde se encontra a maior densidade de células cone do olho, responsáveis pela visão de cores. Essa alta densidade de cones faz com que a mácula seja o ponto do olho onde enxergamos com a maior clareza e definição.

Os anexos do olho:

Têm o objetivo de proteger e dar movimento aos olhos. São representados por: sobrancelhas, pálpebras, cílios, conjuntiva, aparelho lacrimal, músculos extrínsecos e corpo adiposo orbitário.
.
FISIOLOGIA DO OLHO

O olho é um órgão do aparelho visual, altamente especializado e fotossensível que, associado às vias ópticas e aos centros visuais, compõe as estruturas sensoriais responsáveis pelo processamento dos estímulos visuais.
Os olhos transmitem constantes correntes de imagens para o cérebro por sinais elétricos. Eles recebem informações através de raios luminosos. Quando olhamos um objeto, os raios luminosos refletidos penetram nossos olhos. A luz é refratada pela córnea e passa através do humor aquoso, pupila e cristalino. A íris controla a entrada de luz. A lente focaliza a luz através do humor vítreo na retina, formando uma imagem inversa e invertida.
Na retina, células sensíveis à luz transmitem a imagem para o cérebro através de sinais elétricos. O cérebro “vê” a imagem reta.A retina é a estrutura mais interna. É uma membrana de múltiplas camadas de tecido neural, firmemente fixa a uma única camada de células epiteliais pigmentadas, que por sua vez, é ligada à membrana de Bruch. Sua extremidade anterior é presa ao epitélio pigmentar. Posteriormente, o nervo óptico fixa a retina à parede do globo. Sua espessura varia entre 0,1 e 0,23 mm. Ela é mais delgada na fóvea – o centro da mácula.A retina é composta de um delicado tecido altamente organizado, constituído de 10 camadas histológicas, dentre elas, os cones, responsáveis pela visão de cores e pela visão de detalhes (por exemplo, a leitura), e os bastonetes, responsáveis pela visão em preto e branco e pela visão periférica (orientação e mobilidade).
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MEIOS DE COMUNICAÇÃO DO SURDOCEGO

TADOMA

Quando falamos em tadoma, estamos nos referindo ao método de vibração do ensino da fala. A criança que está sendo ensinada no tadoma tem que colocar uma e inicialmente às duas mãos na face da pessoa que está falando. Com bastante treino e prática a possibilidade de se comunicar através deste método tende a ser grande.


Assista ao vídeo para entender melhor...

http://www.youtube.com/watch?v=7u3Rpwqjwss



INTÉRPRETES E LÍNGUA DE SINAIS:
- O meio mais comum.
Nascendo-se surdo, a língua materna é a de sinais. O acréscimo da perda visual restringe seu uso conhecido, visuo-espacial, para ser adaptada, tornando-se, cinestésica-espacial, ou seja, o surdocego visualiza mentalmente características de cada sinal através do movimento. Já o intérprete do surdocego que na maioria das vezes exerce também a função de guia, guia-intérprete, é um agente extremamente capacitado. É através dele que a pessoa surdocega alcança o mundo circundante. É imprescindível que o guia intérprete conheça os meios de comunicação comumente utilizados, para que possa comunicar-se eficazmente com o surdocego.

CCTV:
Apoio de Leitura. O CCTV amplia a figura até sessenta vezes o seu tamanho. Com sua ajuda pode ler e escrever mesmo que a visão residual seja muito pobre.

BRAILLE:
A técnica braille consiste-se de pontos em relevo que combinados formam letras. Para escrevê-los usamos uma chapa, também chamada de reglete, e um punção. Usamos também uma brailler - máquina de escrever constituída de seis teclas. Uma característica importante da técnica braille, é que ela independe de materiais físicos como o reglete, o punção ou a brailler para ser comunicativa. Apenas devemos entender que a técnica braille constitui-se de "seis pontos não obrigatoriamente em relevo" para estabelecer uma comunicação ou seja, onde houver a possibilidade de trabalharmos "seis pontos" a técnica braille estará sendo usada e bem aceita.

TELLETHOUCH - Aparelho de Conversação
Este aparelho tem teclado de uma máquina braille e um teclado normal. O teclado braille assim como o teclado normal levantam na parte de trás do aparelho uma pequena chapa de metal, a cela braille, uma letra de cada vez. A Tellethouch constitui-se, apesar de sua idade de criação, um dos principais meios de interação do surdocego com outras pessoas. Ao interlocutor do surdocego basta saber ler. Sabendo ler precionará as teclas normais da tellethouch como se estivesse redigindo um texto escrito qualquer.

TABLITAS DE COMUNICAÇÃO
Fabricadas em plástico sólido, representam em relevo as letras e os números ordinários, assim como, caracteres do sistema braille. As letras e os números estão superpostos aos caracteres braille. O dedo da pessoa surdocega é levado de uma letra/número a outra(o) ou de um caracter à outro, estabelecendo desta forma a comunicação.

DIÁLOGOS - Fala Escrita
O diálogo inclui uma máquina braille/aparelho de escrita, uma máquina de escrever eletrônica, um gravador e uma conexão telefônica. A pessoa surdocega escreve na máquina braille. O texto é impresso no papel da máquina de escrever para a pessoa vidente ler e vice-versa. As conversas podem ser estocadas na memória do aparelho se assim for desajado. A pessoa que receber a conexão de telefone precisa do diálogos, um teletexto, uma impressora equipada com modem de um computador.

ALFABETO DACTICOLÓGICO
Cada uma das letras do alfabeto corresponde a uma determinada posição dos dedos da mão. Trata-se do alfabeto manual utilizado pelas pessoas surdas. Apenas que neste caso está adaptada à versão tátil.

LETRAS DE FORMA
Encontra aqui um método verdadeiramente simples. A única condição necessária para que funcione é que nosso interlocutor conheça as letras maiúsculas do alfabeto: As letras são feitas na palma da mão, ou em qualquer outra parte do corpo do surdocego, uma sobre a outra. O próprio dedo indicador do interloctor, ou o dedo do surdocego é usado como caneta.

SISTEMA PICTOGRÁFICO
Os símbolos de comunicação pictóricos - Picture Communication Symbols (PCS) fazem parte de um Sistema de Comunicação Aumentativa (CAA) que se refere ao recurso, estratégias e técnicas que complementam modos de comunicação existentes ou substituem as habilidades de comunicação existentes. Em síntese, o sistema pictográfico consiste-se de símbolos, figuras, etc, que significam ações, objetos, atividades que entre outras características podem servir como símbolos comunicativos, tanto receptivamente quanto expressivamente.

CONCLUSÃO
Em síntese a esta pequena contribuição gostaríamos de deixar claro que a qualidade essencial de qualquer vida satisfatória e recompensadora passa quase que exclusivamente por uma interação entre as pessoas. Há pessoas surdocegas que não possuem desenvolvida uma linguagem formal. Ainda assim, elas tem uma consciência muito forte de outras pessoas, situações, ambientes, objetos, etc....

Desta forma que acreditamos que comunicação não é apenas linguagem. Comunicação pode ser a "Linguagem Interna" que é construída de experiências de vida e esta, tem um poder tão grande que foge aos sentidos humanos; tem entre outras qualidades, a luz, o som, o ar, o toque, o movimento, a sabedoria e o talento.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Comunicate Com Nosotros. Fundación ONCE Lerner Printing, S.A Madri, 1990.
Johnson, Roxanna M. The Picture Communication Symhols Guide Mayer - Johnson Company, 1998.
Shields, Ioan. Tadoma: O Método de Vibração do Ensino da Fala - Tolking Sense . Vol 34, nº 4 Winter 1988.
The Finnish Daf - Blind Association. Os meios de Comunicação do SurdocegoMimiografado, não datado.

Fonte:http://www.agapasm.com.br/artigo003.asp

 
..."Há muitas pessoas de visão perfeita que nada vêem"...
                  ..."O ato de ver não é coisa natural. Precisa ser aprendido"... (Rubem Alves)
Organizado por: Professora Marcia Valeria

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"Feliz aquele que transfere o que sabe
e aprende o que ensina."
(Cora Coralina)

Feliz Dia das Crianças para todos!
Responsabilidade, Honestidade e Pontualidade faz parte de nossas vidas e temos que estar atentos para não pecarmos nessas áreas. Isso faz parte do ser adulto. Mas nada nos impede de sermos crianças em alguns momentos, principalmente na humildade e sinceridade. Só que a sinceridade as vezes ofende, pois as pessoas não estão preparadas para ouvirem a verdade, mesmo que venha da boca de uma criança.

Professora Marcia Valeria-2010.