domingo, 20 de fevereiro de 2011

Avaliação Diagnóstica - Volta às Aulas



1º DIAGNÓSTICO  DE   ESCRITA DO ALUNO / 1º e 2º anos


  • à Ler o texto que contextualiza a lista.
  • à Ditar a lista com 6 palavras, sem escandi-las, ou seja, sem dar destaque às sílabas ao pronunciá-la.
  • à Ditar mantendo a ordem das palavras, de acordo com a lista abaixo.

Situação a ser apresentada para o aluno:
Joana  mudou para sua casa nova. Veja alguns objetos que ainda faltam para que sua casa fique completa.

PALAVRAS:

1)   GELADEIRA
2)   TELEVISÃO
3)   CADEIRAS
4)   FOGÃO
5)   MESA
6)   PIA
Frase:  NA ESCOLA TEM  GELADEIRA.

O VALOR DO DIAGNÓSTICO

Conhecer o nível em que está a turma é essencial durante a alfabetização – e no decorrer de toda a escolaridade. Percebendo os avanços e as dificuldades dos pequenos, você consegue planejar uma boa aula e propor atividades adequadas para levar cada um a se desenvolver ainda mais e chegar ao fim do ano lendo e escrevendo. Essa avaliação deve ser feita logo no início do ano e repetida no mínimo uma vez por bimestre. Para realizá-la adequadamente, é preciso escolher como atividade algo que seja feito regularmente, como as listas – de frutas, cores, animais etc. “O professor deve, primeiro, avisar a turma sobre o tema da lista e depois ditar as palavras, sem marcar as sílabas”. Como os alunos já conhecem o tema que deve ser posto no papel, os alunos podem pensar mais em como escrever (quantas e quais letras usar, por exemplo).
É preciso tomar o cuidado para que as sílabas próximas contenham vogais diferentes. Isso porque a maioria das crianças que começa a se familiarizar com o sistema de escrita inicia os registros apenas com vogais e acredita que é necessário usar letras diferentes para escrever. Portanto, se você ditar “arara”, muitos poderiam querer escrever A A A e achar que isso não faz sentido. Como elas acham ainda que as palavras devem ter um número mínimo de letras – por volta de três –, se você ditar só monossílabos elas também podem se recusar a escrever. Veja aqui dois exemplos possíveis: itens para um lanche coletivo (refrigerante, manteiga, queijo, pão) e bichos vistos no zoológico (rinoceronte, camelo, zebra, boi). Com essas palavras, você provoca o estudante a refletir sobre a forma de representação. Terminado o ditado, peça que cada um leia o que escreveu. “Essa leitura é tão ou mais importante do que a própria escrita, pois é ela que permite ao professor verificar se o aluno estabelece algum tipo de correspondência entre partes do falado e partes do escrito”, aponta o Profa. Para finalizar, registre tudo. Com esse material, fica mais fácil planejar atividades que façam os alunos avançar, acompanhar a evolução de cada um e montar os agrupamentos produtivos. É preciso lembrar também que, no dia-a-dia, mesmo sem essa sondagem, é possível verificar como a turma está se saindo individual e coletivamente.

ALFABETIZAÇÃO
TRABALHO EM GRUPO


O trabalho em grupo tem importante papel na aprendizagem, pois facilita a sociedade dos conhecimentos. As crianças , quando trabalham em grupos ou duplas, podem confrontar e compartilhar suas hipóteses, trocando informações.

A experiência tem mostrado que a organização da classe para a realização de atividades em grupos ou duplas requer a prévia combinação de padrões de comportamento entre professor e aluno, que deverão ser respeitados a fim de tornar o trabalho produtivo.

Segundo Teberosky & Cardoso (1), o trabalho em grupo ou dupla deverá obedecer aos seguintes critérios:

• Seleção das duplas ou dos elementos do grupo, de modo que haja possibilidade de intercâmbio.
• Ajuda para que consigam estabelecer um acordo e todos os componentes participem da tarefa.

É necessário, também, deixar claro que os alunos os controladores da produção: Enquanto dita (é o “ditante”, termo usado  por Teberosky), o outro ou os outros escrevem e acompanham a atividade, para verificar se a escrita está saindo certa.

Além do controle da forma correta de escrever ou de desempenhar a tarefa, o grupo precisa sentir-se responsável e fazer com que todos os elementos trabalhem. Para que isso aconteça, é importante a cooperação entre eles. Aquele aluno que “sabe mais” vai orientar o que “sabe menos”, executando juntos, então, a tarefa dada.

Em função desses benefícios que o trabalho em grupo faz a aprendizagem, sugerimos sempre essa estratégia em sala de aula.

TRABALHANDO COM  LETRAS

De acordo com a fala de Esther Grossi, “há fortes indícios de que, para uma boa alfabetização, as letras necessitam adquirir status de categoria lingüística independente durante o processo, ao menos de forma implícita. Teoricamente também se vê que o manejo das inter-relações entre letra, sílaba e texto são condição para a alfabetização” (2).

Entre outros motivos citados pela autora, a criança precisa conhecer as letras como entidades em si mesmas para identificar:

• O nome de cada letra e seu som correspondente (“a associação do som à letra do nome próprio, por exemplo, passa à dimensão sócio-afetiva, porque seu nome é a palavra de maior significado para ela”).
• As formas diversificadas de cada uma.
• Sua apresentação: maiúscula, minúscula, cursiva, de imprensa.
• Suas linhas: curvas, retas.

O conhecimento da seqüência em que as letras são apresentadas no alfabeto – o que foi convencionado arbitrariamente – também é importante no decorrer do processo da alfabetização, porque essa seqüência é utilizada socialmente na organização de dicionários, catálogos telefones e outras listas.

TRABALHO COM PALAVRAS

Decidimos começar com o nome próprio por ser a palavra mais significativa para a criança, pois permite contato com diferentes sílabas, diferentes tamanhos de palavras e proporciona a constatação das sílabas e até mesmo o valor sonoro de algumas consoantes.
O nome – a primeira palavra-chave que servirá de modelo – será apresentado para a criança através do crachá

O livro trabalha, alternadamente, modelo e solicitação de escrita espontânea, pois segundo Ana Teberosky:
• “A escrita a partir de modelos situa-se a meio caminho entre as atividades de interpretação e as de produção”.
• “O modelo dá informação à criança sobre as letras, tanto de sua forma convencional como do valor qualitativo indicador da presença de uma palavra”.
• “O modelo dá informação sobre a quantidade de letras necessárias para escrever o nome”.
• “O modelo dá informação sobre a variedade, posição e ordem das letras em uma escrita convencional”.
• Finalmente, “o modelo serve de ponto de referência para confrontar as idéias das crianças com a realidade convencional da escrita” (3).

TRABALHO COM TEXTOS

O aluno precisa ler, ouvir leituras e escrever para efetivamente aprender a ler e escrever. Por isso, ênfase maior no trabalho de alfabetização deve ser no texto.
Esse trabalho envolve textos informativos, poéticos, folclóricos, interativos, narrativos, normativos e ainda textos criados pelas próprias crianças, em duplas ou grupos, produzidos oralmente para, depois, serem escritos.
Selecione textos de acordo com o gosto e o interesse das crianças, levando em conta a faixa etária. Procure leituras que viabilizem o contar, recortar, encenar, recriar, desenhar e que possibilitem à criança interagir com a história, alterando os papéis de leitor / autor / ouvinte.
Propicie às crianças o contato com diversos tipos de texto. Acreditamos que assim ela poderá encontrar a legitimidade da função de cada um.
Cabe ao professor ter em mente e transmitir à criança que a leitura e a escrita não ocorrem só no interior da escola, mas, principalmente, fora dela.
Evite utilizar a leitura de histórias apenas com o pretexto de retirar do texto palavras para análise e estudo da língua.
A leitura de histórias deverá ser diária, por sua importância no desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem da leitura e da escrita e por aumentar o vocabulário da criança e sua capacidade de interpretação dos fatos.
Faça também “recortes” de situações emergentes e, a partir deles, crie textos e estude palavras-chaves. Se uma criança ganhar um gatinho, por exemplo, você poderá aproveitar para produzir um relatório com a classe e explorar a palavra gatinho.
Aproveite os acontecimentos sociais, notícias do mundo (de jornais, revistas, rádio, televisão, etc.), e explore em sala de aula os que tenham despertado o interesse das crianças.
Para trabalhar com jornais, por exemplo, traga para a classe vários exemplares inteiros e, inicialmente, em grupo, deixe as crianças explorarem todo o material, verificando as seções, as gravuras, as manchetes, etc. (pode ser que na classe existam alunos que nunca manusearam um jornal).
ria, alterando os papm a histar, recortar, encenar, recriar, desenhar e que possibilitem  em seguida, proponha aos alunos que tentem achar a notícia que, eventualmente, está sendo comentada por todos (pode ser que utilizem o recurso da gravura par identificá-la). Ficam a seu critério, de acordo com o desenvolvimento da classe, as estratégias de trabalho: reescrita do título, reescrita de trecho da notícia, ilustração da notícia, etc.
Se resolver trabalhar com uma parlenda, uma poesia, traga para a classe o livro que contém esse portador de texto e não apenas o texto mimeografado, a fim de que a criança possa explorar a capa e as ilustrações.
É importante pedir aos alunos que estudem (decorem) em casa histórias, pequenas trovas, parlendas ou letras de músicas; isso permitirá a “brincar de ler” em classe.

TÉCNICAS DE INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

A leitura é um encontro interior profundo com a mensagem escrita. O leitor raciocina, avalia, julga as idéias, aceitando-as ou rejeitando-as. É um trabalho intelectual e emocional.
A interpretação de textos deve ser permeada de perguntas, cujo conteúdo pode variar conforme a natureza e as possibilidades do texto. Há textos que favorecem a análise de causa e efeito, outros favorecem a exploração de detalhes, outros ainda a apresentação de atitudes ou julgamentos (4).

Sugestões de aspectos que podem ser explorados nos textos:

- Nome do texto.
- Nome do autor.
- Nome da editora.
- Identificação do tipo textual.
- Identificação das personagens e exploração da personalidade de  cada uma.
- Identificação da idéia principal.
- Seqüência de fatos: início, meio e fim.
- Opinião sobre o texto.

Perguntas que podem ser feitas:

Quanto ao título: Você escolheria outro?; quanto ao final da história: se você fosse o autor, modificaria ou deixaria este mesmo?

GRAVURAS

Ao interpretar uma gravura (o que é uma forma de ler), o aluno verbaliza essa leitura, colocando em palavras a sua compreensão; as relações entre as personagens e os objetos e as seqüências de fatos.
A percepção e a compreensão de relações na interpretação de imagens preparam o aluno para perceber e compreender a ação das personagens dentro de um texto, e permitem a “antecipação” na leitura.
É comum vermos uma criança pequena “ler” um livro apenas descrevendo as ilustrações ou mesmo criando uma história a partir delas.
Procure sempre fazer perguntas sobre as imagens, mas escolha questões que não sugiram as respostas e que não sejam óbvias demais. Faça perguntas que estimulem o pensamento e o raciocínio, que propiciem às crianças emitirem suas próprias opiniões, seus valores pessoais.

O ERRO

O “erro” precisa ser trabalhado e não evitado, pois é normal e faz parte do processo de construção da escrita pela criança. A postura do professor diante dele é que deve ser modificada.
É necessário deixar a criança ler e escrever espontaneamente, mesmo cometendo erros: através deles, o professor pode interpretar as hipóteses da criança sobre a escrita e avançar, oferecendo-lhes novos desafios ou retomando alguma atividade anterior.
Neste livro sempre realizamos algumas atividades de retomada de dificuldades para atender a essas diferenças de ritmo de aprendizagem.
Converse com seus alunos sobre os erros cometidos e proponha a auto- correção, sem contudo inibi-los ou deixá-los com a sensação de incapacidade.
Cabe ao professor decidir e avaliar quando fazer as correções: em alguns momentos deverão ser coletivas, em outros, individuais. No entanto, corrija sempre as lições de classe e as de casa.
Quando os alunos estiverem produzindo textos, corrija-os através da reescrita.

REESCRITA

Explique para os alunos que todo-escritor relê seus escritos várias vezes e submete seu texto a uma correção feita por outra pessoa. Fale que eles – os alunos – também precisam ler e reler seus escritos para finalmente passá-los a limpo e considerá-los prontos e acabados (5).
Outro cuidado que você precisa ter é não alterar o sentido do texto do aluno e sua idéia central, corrigindo apenas os erros ortográficos e de concordância.
O trabalho da escrita e da reescrita em grupo ou duplas favorece a criação do texto e ainda evita que os alunos se sintam melindrados na hora da correção ou reescrita na lousa. (6).
Durante o processo de produção de texto, observe cuidadosamente os elementos do grupo e sugira a alternância de papéis: o aluno que escreve (o escriba) deve também desempenhar o papel do criador (o que elabora o enredo) ou o do ditante (o que dita) para o colega.

Como trabalhar a reescrita

·        Escolha uma das produções e escreva na lousa com todos os erros.
·        Leia ou peça para o autor ou autores lerem o texto e deixe que eles percebam os erros cometidos.
·        Após identificar os erros, solicite à classe sugestões quanto à nova organização da frase ou forma correta de escrever a palavra.
·        Selecione para a reescrita a produção que contenha os erros que frequentemente ocorrem com a maioria da classe.
·        Escolha a cada dia a produção de um grupo ou dupla diferente de modo que todos tenham a chance de ter seus textos reescritos.

Os momentos de produção e reescrita devem ser vistos de maneira prazerosa e rica em termos de aquisição da língua.
Crie um clima de desafio e participação coletiva que possibilite a todos se beneficiar das atividades.

LIÇÃO DE CASA

A lição de casa não deverá ser motivo de ansiedade para a criança. Você poderá dar como lição de casa atividades que os alunos á tenham feito na classe ou variações de atividades que exijam o mesmo tipo raciocínio, a fim de que a criança possa fazê-las sozinha sem ajuda.
Você estipulará a freqüência e a quantidade de tarefas para casa. O mais importante é que a criança forme o hábito de estudar e adquira a responsabilidade ao fazer a lição de casa.

PREPARANDO O AMBIENTE DA SALA DE AULA

Ao organizar sua sala de aula para momentos de leitura, é importante criar um ambiente rico, estimulador e agradável para as crianças.
Evite colocar as carteiras umas atrás das outras, em fileiras, pois essa organização impede a socialização e dificulta o trabalho em grupo.
Organize-as em forma de meia-lua, em grupos de duas ou quatro, ou em dois semicírculos.
Todas as atividades que vamos propor a seguir deverão, na medida do possível, ser elaboradas com a participação dos alunos.

ETIQUETAS

Junto com as crianças, escrever em etiquetas os nomes dos objetos da sala de aula, fixando-as de maneira que fiquem visíveis para todos. Assim, desde o primeiro dia de aula o aluno já terá a oportunidade de assistir a atos de escrita e constatar que se escreve da esquerda para a direita, que as palavras possuem um número variado de letras, que as letras seguem determinada ordem na palavra e, sobretudo, que as coisas faladas ou nomeadas podem ser representadas através da escrita.

CARTAZES

Faça um cartaz dos Aniversariantes do Mês. Escreva o nome dos alunos nos dias e que fazem aniversários e a idade de cada um. Comemore a data no final da aula ou como combinado pelo grupo.
É importante para a formação do espírito de cidadania que, desde cedo, o aluno seja capaz de discutir com o grupo todas as atividades a serem tomadas em sala de aula que aprenda a acatar as decisões grupais e, principalmente, emitir opiniões.
Seguindo essa linha de ação, faça um cartaz dos Ajudantes do Dia. Escolha com o grupo as atividades que precisam de ajudantes para serem executadas e relacione no cartaz. Registre também os critérios estabelecidos pelas crianças e quais os encarregados dos afazeres do dia.

CANTINHOS

Organize com os alunos “cantinhos” na sala de aula para:
• sementes, desenhos de animais, exposição de trabalhos de mesinha, dobradura vasos de plantas, experiências diversas;
• Caixas ou potes de lápis de cor, giz de cera, guache, tesouras, brinquedos (de uso comum);
• caixas com revistas em quadrinhos e livros de historias; jornais e revistas para leitura, pesquisas e recortes.
Etiquete cada cantinho com o respectivo nome.
Determine com a classe as regras para a utilização dos objetos dos cantinhos.

VARAIS

Estenda varais na classe para pendurar os trabalhos das crianças: desenhos, pinturas, colagens, produção de textos.
Determine com a classe o que deverá ser pendurado no varal e quantos dias cada material ficará exposto.

Fonte: http://redeeducacaoemfoco.blogspot.com/2011/01/diagnostico-de-escrita-do-aluno.html
Organizado por: Professora Marcia Valeria

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Professora Marcia Valeria-2010.