Metade dos casos de gripe no Brasil já é de H1N1; número de mortos chega a 71
Em Brasília
O vírus H1N1 já é responsável por metade dos casos de gripe registrados no país, afirmou o diretor de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch. Do total comprovado para influenza em análises laboratoriais, 50% apresentam a infecção por essa variação do vírus, responsável por uma pandemia em 2009.
"Estamos todos muito preocupados", admitiu Maierovitch à reportagem. Ele observa que o H1N1 é mais agressivo do que os demais subtipos que circulam no Brasil, como o H3N2 e influenza B. Além disso, a alta é registrada em um período em que a população ainda está suscetível.
O aumento de infecções aconteceu de forma antecipada. Mesmo que pessoas já tenham sido imunizadas no ano passado, boa parte do efeito protetor da vacina já passou."
Boletim divulgado na segunda-feira, 4, mostra que o subtipo influenza A já provocou, apenas nos primeiros três meses deste ano, 71 mortes - quase o dobro do que foi registrado no ano de 2015 (36). Os casos também subiram de forma expressiva. Até agora, foram 444 notificações de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) - o triplo de todo 2015.
Além do aumento de pacientes atingidos, a doença se espalha pelo País - 15 Estados registram infecções provocadas pelo vírus, dois a mais do que há duas semanas. "O nosso maior temor é que a epidemia, tendo início precoce, atinja um número maior de pessoas, a exemplo do que aconteceu em 2013", disse Maierovitch. Naquele ano, foram 3.733 registros de H1N1. "Os casos foram registrados a partir de abril. Agora, começaram ainda em março", afirmou.
Não há ainda uma explicação. Uma das hipóteses para o surto de gripe fora de época é a condição climática. "Alguns estudos mostram associação com o El Niño. Anos com o fenômeno propiciariam a antecipação dos casos de gripe", disse o diretor.
O vírus H1N1 já é responsável por metade dos casos de gripe registrados no país, afirmou o diretor de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch. Do total comprovado para influenza em análises laboratoriais, 50% apresentam a infecção por essa variação do vírus, responsável por uma pandemia em 2009.
"Estamos todos muito preocupados", admitiu Maierovitch à reportagem. Ele observa que o H1N1 é mais agressivo do que os demais subtipos que circulam no Brasil, como o H3N2 e influenza B. Além disso, a alta é registrada em um período em que a população ainda está suscetível.
O aumento de infecções aconteceu de forma antecipada. Mesmo que pessoas já tenham sido imunizadas no ano passado, boa parte do efeito protetor da vacina já passou."
Boletim divulgado na segunda-feira, 4, mostra que o subtipo influenza A já provocou, apenas nos primeiros três meses deste ano, 71 mortes - quase o dobro do que foi registrado no ano de 2015 (36). Os casos também subiram de forma expressiva. Até agora, foram 444 notificações de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) - o triplo de todo 2015.
Além do aumento de pacientes atingidos, a doença se espalha pelo País - 15 Estados registram infecções provocadas pelo vírus, dois a mais do que há duas semanas. "O nosso maior temor é que a epidemia, tendo início precoce, atinja um número maior de pessoas, a exemplo do que aconteceu em 2013", disse Maierovitch. Naquele ano, foram 3.733 registros de H1N1. "Os casos foram registrados a partir de abril. Agora, começaram ainda em março", afirmou.
Não há ainda uma explicação. Uma das hipóteses para o surto de gripe fora de época é a condição climática. "Alguns estudos mostram associação com o El Niño. Anos com o fenômeno propiciariam a antecipação dos casos de gripe", disse o diretor.
Concentração
A maior parte das notificações está nos Estados do Sudeste. Só em São Paulo são 372 casos - 84% dos registros do país. Em segundo lugar está Santa Catarina, com 22 infecções, seguido por Bahia (9) e Paraná (7). Pernambuco, Goiás e Distrito Federal apresentam, cada um, cinco pacientes. Minas, Ceará, Pará e Rio têm 3 em cada. No Rio Grande do Norte e em Mato Grosso, são dois casos. Mato Grosso do Sul relata um, assim como o Espírito Santo.
Diante da epidemia provocada pelo vírus em São Paulo e do atípico aumento de casos provocados pela doença em outros Estados, o ministério decidiu antecipar a distribuição da vacina. Maierovitch, porém, advertiu que a proteção não é imediata. São necessárias pelo menos duas semanas para que a vacina comece a aumentar a imunidade ao vírus. "Por isso, de nada adianta correr para se vacinar, por exemplo, quando alguém do seu círculo apresenta sintomas de gripe", afirmou. "Nesses momentos, o principal é a adoção de medidas de prevenção, como lavar as mãos e procurar evitar o contato com pessoas doentes."
Maierovitch afirmou que, de acordo com o desempenho da vacinação em São Paulo, a estratégia do Dia D, marcado para o dia 30 deste mês, poderá ser revista. "Não queremos abrir mão dessa iniciativa, que, tradicionalmente, consegue atingir pelo menos 30% da população-alvo em apenas um dia", afirmou.
Segundo o diretor, caso a cobertura de grupos vulneráveis seja atingida antes do Dia D, uma mudança poderá ser feita no Estado, como o cancelamento do evento. A decisão deverá ser definida dentro de duas semanas. Em São Paulo, a vacinação para profissionais de saúde começou ontem. Para grupos vulneráveis - idosos, pessoas com doenças pré-existentes como problemas respiratórios ou cardíacos - terá início no dia 11.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/estado/2016/04/05/metade-dos-casos-de-gripe-no-brasil-ja-e-de-h1n1-numero-de-mortos-chega-a-71.htm
A maior parte das notificações está nos Estados do Sudeste. Só em São Paulo são 372 casos - 84% dos registros do país. Em segundo lugar está Santa Catarina, com 22 infecções, seguido por Bahia (9) e Paraná (7). Pernambuco, Goiás e Distrito Federal apresentam, cada um, cinco pacientes. Minas, Ceará, Pará e Rio têm 3 em cada. No Rio Grande do Norte e em Mato Grosso, são dois casos. Mato Grosso do Sul relata um, assim como o Espírito Santo.
Diante da epidemia provocada pelo vírus em São Paulo e do atípico aumento de casos provocados pela doença em outros Estados, o ministério decidiu antecipar a distribuição da vacina. Maierovitch, porém, advertiu que a proteção não é imediata. São necessárias pelo menos duas semanas para que a vacina comece a aumentar a imunidade ao vírus. "Por isso, de nada adianta correr para se vacinar, por exemplo, quando alguém do seu círculo apresenta sintomas de gripe", afirmou. "Nesses momentos, o principal é a adoção de medidas de prevenção, como lavar as mãos e procurar evitar o contato com pessoas doentes."
Maierovitch afirmou que, de acordo com o desempenho da vacinação em São Paulo, a estratégia do Dia D, marcado para o dia 30 deste mês, poderá ser revista. "Não queremos abrir mão dessa iniciativa, que, tradicionalmente, consegue atingir pelo menos 30% da população-alvo em apenas um dia", afirmou.
Segundo o diretor, caso a cobertura de grupos vulneráveis seja atingida antes do Dia D, uma mudança poderá ser feita no Estado, como o cancelamento do evento. A decisão deverá ser definida dentro de duas semanas. Em São Paulo, a vacinação para profissionais de saúde começou ontem. Para grupos vulneráveis - idosos, pessoas com doenças pré-existentes como problemas respiratórios ou cardíacos - terá início no dia 11.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/estado/2016/04/05/metade-dos-casos-de-gripe-no-brasil-ja-e-de-h1n1-numero-de-mortos-chega-a-71.htm
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Professora Marcia Valeria.
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