sábado, 1 de abril de 2017

No Brasil, apenas 8% têm plenas condições de compreender e se expressar...

Resultado de imagem para analfabetismo

OBRIGADA "PÁTRIA EDUCADORA"!
Professora Marcia Valeria: Fonte da imagem internet.


Foi isso mesmo que você leu no título: apenas 8% das pessoas em idade de trabalhar são consideradas plenamente capazes de entender e se expressar por meio de letras e números. Ou seja, oito a cada grupo de cem indivíduos da população.

Eles estão no nível "proficiente", o mais avançado de alfabetismo funcional em um índice chamado Inaf (Indicador de Alfabetismo Funcional).

Um indivíduo "proficiente" é capaz de compreender e elaborar textos de diferentes tipos, como mensagem (um e-mail), descrição (como um verbete da Wikipedia) ou argumentação (como os editoriais de jornal ou artigos de opinião), além de conseguir opinar sobre o posicionamento ou estilo do autor do texto.

Também é apto a interpretar tabelas e gráficos como a evolução da taxa de desocupação (veja que tipo de gráfico é nesta notícia) e compreende, por exemplo, que tendências aponta ou que projeções podem ser feitas a partir desses dados.

Outra competência que o "proficiente" tem é resolver situações (de diferentes tipos) sendo capaz de desenvolver planejamento, controle e elaboração.

Documento traz explicações do que é considerado "proficiente" (arquivo em .pdf) 
Clique aqui para fazer download do estudo "Alfabetismo no Mundo do Trabalho" (arquivo em .pdf) - (site da fonte, abaixo)

Numa situação ideal, os estudantes que completam o ensino médio deveriam alcançar esse nível -- no Brasil, o ensino médio completo corresponde a 12 anos de escolaridade.

A situação tem importância para a economia e geração de empregos.

Para a professora da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) Ana Lúcia Guedes-Pinto, essa defasagem reflete as desigualdades socioeconômicas históricas no país e aponta para a necessidade de mais investimento na educação básica e pública.

"Ainda não atingimos [bons] níveis de alfabetismo", diz a docente do departamento de ensino e práticas culturais da Faculdade de Educação. "[Os proficientes] ainda é um grupo muito pequeno, de elite", completa Guedes-Pinto.

Há cinco níveis de alfabetismo funcional, segundo o relatório "Alfabetismo e o Mundo do Trabalho": 
1) analfabeto (4%), 
2) rudimentar (23%), 
3) elementar (42%), 
4) intermediário (23%) e  
5) proficiente (8%). 
O grupo de analfabeto mais o de rudimentar são considerados analfabetos funcionais.

O estudo foi conduzido pelo IPM (Instituto Paulo Montenegro) e pela ONG Ação Educativa. No conjunto, foram entrevistadas 2002 pessoas entre 15 e 64 anos de idade, residentes em zonas urbanas e rurais de todas as regiões do país.

Fonte: https://educacao.uol.com.br/noticias/2016/02/29/no-brasil-apenas-8-escapam-do-analfabetismo-funcional.htm

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